Ter um carro se tornou fora de moda, ultrapassado, ou “cringe”, como define chamada geração “Z”? Para a turma que nasceu ao final da década de 90 e início do novo milênio, conhecida como “Gen Z”, a emoção de ficar atrás do volante está perdendo seu brilho, e há várias razões por trás dessa mudança de perspectiva, que vão desde o aumento dos custos até a crescente conscientização ambiental.
Um estudo realizado nos EUA já mostra tendência parecida na Europa e tende se ampliar para os demais continentes assim que, por exemplo, o uso de aplicativos de carona ou transporte se tornem mais populares, também influenciado pelo uso do celular. No Brasil, um país mais apaixonado por carros e onde alguns benefícios ou tecnologias tendem a demorar mais para chegar, os reflexos ainda são menores.
Em 1997, 43% dos adolescentes de 16 anos e 62% dos de 17 anos nos EUA possuíam carteira de motorista. Contrastando com esses números, em 2020, apenas 25% da turma de 16 anos e 45% dos jovens de 17 anos demonstraram interesse em tirar a carteira. Este declínio aponta para uma mudança significativa nas atitudes em relação à posse e uso de veículos.
Custos
Não é surpresa que o Brasil não seja o único país a enfrentar custos exorbitantes para comprar um carro. Nos EUA, os modelos zero km viram um aumento de 30%, enquanto os usados subiram impressionantes 38% desde 2020. Esse cenário desafiador financeiramente pode ser um fator crucial na decisão dos jovens de adiar ou evitar a obtenção de uma carteira de motorista.
Consciência ambiental e alternativas de transporte
Além dos custos, a crescente conscientização ambiental está moldando as escolhas da Gen Z. A preferência por transporte público, caronas e até mesmo bikes ou patinetes elétricos está se tornando mais evidente. A busca por opções sustentáveis é uma tendência que reflete não apenas a mentalidade “amigo da natureza”, mas também a busca por alternativas mais convenientes.
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Fonte: AI
